domingo, 27 de fevereiro de 2011

Sensitividade I

Faculdade de percepção do nível vibratório do campo energético.
Através dessa faculdade a pessoa "sente" o tipo de vibração existente em um ambiente ou presente em pessoas ou coisas, bem como a energia de espíritos.
A sensibilidade sensitiva tem características adequadas para cada pessoa, fazendo parte da personalidade, sendo assim pessoal, podem-se interpretar as sensações classificando-as, dos campos mental, espiritual ou físico, sendo eles em conjunto ou não.
A sensitividade muitas vezes é o princípio para o desenvolvimento de outras capacidades mentais e espirituais pertinentes ao ser humano.
Para entender e ter maior controle sobre este dom é preciso buscar o desenvolvimento do caráter e da pratica do positivismo, ou seja, fazer o bem, e assim produzir energias mais puras e sutis, e da mesma forma, atraindo boas energias.

Muitas pessoas são sensitivas, além de ter outras capacidades espirituais, e não percebem, ou mesmo não procuram entender ou buscar o conhecimento que lhes abrirá a mente para novas perspectivas da vida e do ser humano.
Um dos fatores que contribuíram para que as pessoas evitem este assunto é o fato de que a primeira doutrina moderna que abordou este conhecimento de forma cientifica, acadêmica e filosófica, foi o espiritismo, através de Kardec, e muitos têm preconceito, principalmente no Brasil, pois só agora estamos desenvolvendo a consciência de que é preciso estudar as religiões e as capacidades do ser humano para alcançar o bem viver.

Não sou Espírita, e afirmo, este tipo de conhecimento existe há muito tempo antes de Cristo. E digo mais, enquanto o ser humano não buscar entender sua verdadeira natureza e o desenvolvimento triplo de sua existência (corpo, mente e alma), não encontrará o caminho estreito, que nosso Senhor, Mestre, Pai-irmão, Grande-Alma, Personalidade Humana Suprema, Cristo, deixou exemplificado para nós seguirmos.


Luciano Rocha, Espiritualista Naturalista.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Akhenaton - Um Cristão em 1.385 a.C.

Primeiramente quero esclarecer um detalhe para melhor interpretação do texto. Deus tem vários nomes devido a humanidade ter várias línguas, então para melhor idealização da religiosidade proposta por Akhenaton, é preciso substituir a nome Aton pelo nome Deus. Não vejo problema algum nisso, pois nós precisamos ouvir e ler o conhecimento espiritual de acordo com nossa capacidade e meio de comunicação adequado. Eu como espiritualista tenho completa convicção disso, e reafirmo, o próprio Jesus Cristo ensinava por muito através de parábolas, que é uma linguagem esotérica, e quando não, ser expressava de forma a ser compreendido da forma que queria pelo povo de sua época. Assim como Isaias profetizou e Jesus confirmou, acontece ainda nos dias atuais: “Ouvindo, ouvireis, mas não compreendereis, e, vendo, vereis, mas não percebereis”.
Ainda peço ao leitor que não deixe de ler as considerações finais.


Amenófis IV - que mais tarde ficou conhecido como Akhenaton - foi coroado faraó aos 15 anos de idade, assumindo o poder e co-regência com seu pai, numa época em que Egito vivia uma situação interna tranqüila e de grande prosperidade. Seu reinado durou 13 anos (1.370 à 1.357 a.C.) Amenófis III morreu no 12º ano do reinado de Akhenaton. Durante os oito anos do período de co-regência, Amenófis III pôde passar ao filho toda sua experiência e também servir de apoio para as grandes mudanças promovidas por ele.
Sua mãe, que viveu durante os seis primeiros anos de seu reinado, foi responsável pela estruturação das tendências místicas de Amenófis IV, fazendo com que ele se aproximasse da parte do clero que estava ligada aos antigos cultos do Egito, onde Aton era o deus maior.

Assim, durante os quatro primeiros anos de seu reinado, Amenófis IV vai, lentamente, se afastando de Tebas e amadurecendo a idéia de um Deus universal. Ao final deste período, ele inicia a grande revolução. Proclama sua intenção de realizar a cerimônia religiosa de regeneração - denominada "festa-sed" na qual o faraó "se recarrega".
Para este ritual mágico, manda construir um templo para Aton e adota o nome de Akhenaton, o filho do sol. O significado destes atos é profundo dentro da cultura egípcia. O faraó indicava claramente que Aton passava à condição de deus do Egito, rompendo com os sacerdotes de Tebas. No templo de Aton, pela primeira vez, o deus não tinha rosto, sendo representado pelo Disco Solar. Aton era o sol que iluminava a vida de todos.
Quando Amenófis IV tinha, aproximadamente 12 anos, se casou, sendo que Nefertiti era ainda mais jovem que ele. Akhenaton e Nefertiti acabaram por transformar seu casamento estatal em um casamento de amor.

Grã-sacerdotiza do culto de Aton, Nefertiti dirigia o clero feminino e nesta função conquistou o carinho e a admiração do povo, e viveu com o mesmo ardor de Akhenaton a nova espiritualidade.

A idéia do deus único e universal foi se tornando cada vez mais consistente para Akhenaton. Durante o quarto ano de seu reinado, definiu o local onde seria erguida a nova cidade.
A cidade se chamaria Tell el Amarna que significa O Horizonte de Aton, ou, A Cidade do Sol. Estava localizada perto do Nilo, portanto, perto da linha da vida do Egito e a meio caminho entre Mênfis e Tebas, ou seja, simbolicamente seria o ponto de equilíbrio entre o mundo material e o mundo espiritual. Apenas depois de seis anos é que ele anuncia oficialmente a fundação da cidade de Amarna. Amarna passava a ser a nova cidade teológica onde seria adorado um deus solar, único, era o símbolo de uma nova forma de civilização, onde as relações humanas, desde a religião até a economia, achavam-se modificadas. Foi uma maneira de dar uma forma inteligível de suas idéias para os homens. Ali havia gente de todas as nações que se transformaram de súditos em discípulos de Akhenaton.


Diariamente, cabia a Akhenaton comandar a cerimônia de homenagem ao nascer do sol e a Nefertiti, a cerimônia do pôr do sol.

A espiritualidade de Akhenaton se baseia numa religião interior e na certeza de que existe um mesmo Deus para todos os homens.
Akhenaton favoreceu a ascensão social de numerosos estrangeiros abrindo ainda mais o Egito para a influência de culturas de outros povos
A arte egípcia foi particularmente influenciada durante seu reinado, sendo historicamente classificada como a Arte Amarniana.

Eram muito utilizados temas onde aparecem a natureza, fauna e flora, considerados a grande dádiva da vida vinda de Aton. Outro aspecto relevante é a representação do faraó com aspectos nitidamente femininos, o que indicava ser ele, como filho do sol, origem da vida para o Egito, e portanto, ao mesmo tempo pai e mãe de seus súditos. Isto denota o conhecimento de Akhenaton referente à dualidade perfeita de Deus, os princípios masculino e feminino unificados, porém esta arte era demonstrativa, pois o faraó no Egito tinha que ser a imagem a Deus na Terra.

Na poesia, a contribuição da civilização de Akhenaton é muito rica, especialmente nos escritos religiosos em homenagem ao deus Aton. É através dela que o faraó mostra a unicidade de Deus - o Princípio Solar - que criou o Universo, deu origem à vida em todas as suas manifestações. O Princípio Solar rege a harmonia do mundo, tudo cria e permanece na unidade.

Para ele, Aton é um princípio divino invisível, intangível e onipresente, porque nada pode existir sem ele. Aton tem a possibilidade de revelar o que está oculto, sendo o núcleo da força criadora que se manifesta sob inúmeras formas, iluminando ao mesmo tempo o mundo dos vivos e dos mortos e, portanto, iluminando o espírito humano sendo, por isso, a sua representação o disco solar, sem rosto, mas que a todos ilumina.
Aton é também o faraó do amor, que faz com que os seres vivos coexistam sem se destruir e procurem viver em harmonia.
Para Akhenaton, é essencial preservar uma "circulação de energia" entre a alma e o mundo dos vivos. Na realidade, não existe nenhuma ruptura entre o aparente e o oculto. Na religião do Egito não existe a morte, apenas uma série de transformações cujas leis são eternas. Em Amarna, os templos passam a ser visitados integralmente por todos, não mais existindo salas secretas em cujo interior somente os sacerdotes e o faraó podem entrar.
Para Akhenaton todos os homens são iguais diante de Aton. A experiência espiritual de Akhenaton e os textos da época amarniana deslumbraram mais de uma vez os sábios cristãos. Numa certa medida, pode-se dizer que ele é uma prefiguração do cristianismo que viria, com uma visão profunda da unicidade divina, traduzida pelo monoteísmo. É espantosa a semelhança existente entre o Hino a Aton e os textos do Livro dos Salmos da Bíblia, em especial o Salmo 104. Por outro lado, é fácil encontrar semelhanças entre a vida de Akhenaton e a vida de Moisés.

Ele não combateu os movimentos internos daqueles que se sentiram prejudicados pela nova ordem e também pelo crescimento bélico dos hititas, fora do Egito. Por volta do 12o ano de seu reinado, com a morte de Amenófis III (seu pai), a situação se agravou. Akhenaton, porém, fiel a seus princípios religiosos, se recusava a tomar atitudes de guerra, acreditando poder conquistar seus inimigos com o poder do amor de Aton.
Nesta altura, a saúde de Akhenaton dá sinais de fraqueza, e ele resolve iniciar um novo faraó. Em Amarna, Nefertiti iniciara a preparação de Tut-ankh-Aton, segundo genro do faraó, para a linha de sucessão, uma vez que o casal não possuía filho homem. Akhenaton, no entanto, escolhe Semenkhkare, iniciando com ele uma co-regência do trono.

Embora não existam registros claros sobre este período, tudo indica que durante a co-regência, que durou 5 ou 6 anos, morre Nefertiti, e sua perda é um golpe demasiado forte para Akhenaton, que vem a falecer pouco depois com aproximadamente 33 anos. Seu reinado, no total, durou cerca de 19 anos.
Semenkhkare também faleceu praticamente na mesma época, deixando vazio o trono do Egito e permitindo aos sacerdotes de Tebas a indicação de Tut-ankh-Aton, que imediatamente mudou seu nome para Tut-ankh-Amon, indicando que Amon voltava a ser o deus supremo do Egito.
Por ser muito jovem e não possuir a estrutura de seus antecessores, Tut-ankh-Amon permitiu a volta da influência de Tebas que, por sua vez, não mediu esforços para destruir todo o legado de Akhenaton, incluindo-se a cidade de Amarna.

O fim dramático da aventura amarniana é devido a circunstâncias políticas e históricas que não diminuem em nada o valor do ensinamento de Akhenaton. Este fundador da cidade do sol, a cidade da energia criadora, entrou em conflito com os homens que ele queria unir pelo amor de Deus, por que como sempre aconteceu e acontecerá, os seres humanos não entendem os ensinamentos de alguém que está a frente de seu tempo, pelo contrário, os visionários portadores do conhecimento das Leis Naturais são alvos de raiva e ignorância.
Sua experiência foi uma tentativa sincera de perceber a Eterna Sabedoria e de torná-la perceptível a todos. A coragem que demonstrou na luta constante por seus ideais, sem dúvida, fez dele um marco eterno na história da humanidade.
A história de Akhenaton serve como alerta para todos: “Examinai tudo, conservai o que é bom”. Existiram várias pessoas mais evoluídas espiritualmente que nós no passado da humanidade, e em várias regiões e nações, somos apenas o reflexo de uma história rica, esquecida e difundida por várias gerações.
Considerações Finais: Um Cristão em 1.385 a.C.

Monoteísmo – politeísmo egípcio

Como pôde um egípcio antigo ter idéias, pensamentos e principalmente, sentimentos compatíveis com os ensinamentos deixados por Jesus Cristo?
Segundo a ótica Espiritualista Naturalista, a qual sou adepto, Cristo sempre existiu e sempre existirá, bem como sua doutrina sempre esteve presente na alma de qualquer ser humano, porém é preciso percebê-la, senti-la, entende-la, e assim depois, poder propagá-la.
Também quero elucidar a questão do politeísmo egípcio. Eles não eram politeístas! Os vários Deuses do panteão eram características naturais, qualidades e atribuições de Deus, os egípcios acreditavam na soberania de um único Deus, criador de tudo que existe. Há estudiosos que crêem também que alguns Deuses foram inspirados em pessoas especiais que viveram na antiguidade.

O Egito é o berço das civilizações modernas, e vários povos desenvolvidos tiveram influência de seus conhecimentos sobre as Leis Naturais, consequentemente, sobre a espiritualidade e sobre Deus. Um exemplo disso são os próprios judeus, influenciados pelos conhecimentos do Egito antigo e da Suméria. Diante da história, que mal conhecemos, não podemos ignorar o fato de que antes de nós e de nossos antepassados, sempre existiu o conhecimento espiritual, que foi passado de geração em geração, através de línguas e entendimentos diferentes.
Analisemos a doutrina espiritual de Akhenaton:

Desejava modelar uma sociedade diferente, na qual as relações sociais fossem mais humanas.
Desconsiderava a condição social por nascimento ou por classes, apenas importando seu coração puro e o desejo de viver a religião de Aton.

Aton é alegria e deseja que seus filhos sejam alegres;
Aton é abundância e deseja que seus filhos tenham abundância;
Aton é amor e deseja que seus filhos vibrem no amor;
Aton é paz e deseja que seus filhos vivam na paz;
Aton é verdade e deseja que seus filhos encontrem a verdade;
Aton é vida e deseja que seus filhos sintam a vida eterna.
Akhenaton conduziu a religião egípcia no sentido de despertar o povo para a compreensão do Deus único e de mostrar o caminho da ascensão espiritual que todo ser humano deve seguir, através do Amor, da Justiça e da Verdade.

Séculos mais tarde, Jesus veio ensinar:

“Deveis Amar ao próximo como a vós mesmos”.
“Buscai em primeiro lugar o reino de Deus e a sua Justiça, e todas as coisas vos serão dadas por acréscimo”.
“Conhecereis a Verdade e a Verdade vos libertará”.


NOTAS - João Anatalino - Publicado no Recanto das Letras em 18/10/2009

Muitos escritores modernos já aventaram a hipótese de que a revolução monoteísta de Akhenaton se identifica com o êxodo hebreu descrito na Bíblia. A revolução monoteísta de Akhenaton é um dos episódios mais marcantes da história antiga. Baseados nas recentes descober-tas feitas no sítio de El Amarna, alguns estudiosos têm aventado a possibilidade de o Êxodo israelita para o Egito na época de Jacó (Israel) e sua posterior volta para a Palestina, sob o comando de Moises, constituirem, na verdade, memórias de acontecimentos relatados na história egípcia. Levantou-se, inclusive, as possibilidade de que José, o filho de Jacó, que a Bíblia diz ter sido vendido por seus irmãos como escravo para o Egito, e depois tornou-se um poderoso vizir, graças aos seus dotes de adivinho e talentoso admi-nistrador, ser na verdade, o personagem conhecido pelo nome de Yuya, que foi ministro de dois faraós, Tutmósis IV e Amenhotep III, este último, pai de Akhenaton.
Nesse caso, Akhenaton também teria sangue hebreu e Moisés, na verdade, seria talvez o próprio faraó que promoveu a famosa revolução moneteísta no Egito. Em qualquer caso, porém, Moisés teria, pelo menos, um parentesco muito próximo com esse rei. Dessa forma, a religião monoteísta dos hebreus seria resultante da revolução religiosa provocada por aquele rei. Destarte, o nome Adonai, pelo qual os hebreus chamavam ao seu deus, constituiria apenas a forma hebraica do deus egípcio Aton,( ou o contrário), que Akhenaton sustentava ser o único deus do universo.
A tumba do vizir Yuya foi encontrada em 1905 no Vale dos Reis. A possibilidade de que esse poderoso ministro dos reis de Amarma ter sido, realmente, o José bíblico, foi levantada por Ah-med Osman em seu livro ”A Stranger in The Valley of Kings” e se aceita, poderia explicar as raízes do monoteismo hebreu.

Nesse caso, Akhenaton também teria sangue hebreu e Moisés, na verdade, seria talvez o próprio faraó que promoveu a famosa revolução moneteísta no Egito. Em qualquer caso, porém, Moisés teria, pelo menos, um parentesco muito próximo com esse rei. Dessa forma, a religião monoteísta dos hebreus seria resultante da revolução religiosa provocada por aquele rei. Destarte, o nome Adonai, pelo qual os hebreus chamavam ao seu deus, constituiria apenas a forma hebraica do deus egípcio Aton,( ou o contrário), que Akhenaton sustentava ser o único deus do universo.
A tumba do vizir Yuya foi encontrada em 1905 no Vale dos Reis. A possibilidade de que esse poderoso ministro dos reis de Amarma ter sido, realmente, o José bíblico, foi levantada por Ah-med Osman em seu livro ”A Stranger in The Valley of Kings” e se aceita, poderia explicar as raízes do monoteismo hebreu.

Gósen é identificada como a antiga Avaris, capital dos hicsos, povo semita que dominou o Egito entre os séculos XVIII a XV a C. Seus reis eram conhecidos como ”os reis pastores”, e não poucos historiadores acreditam que hicsos e hebreus sejam exatamente o mesmo povo, ou que pelo menos, exista uma relação de parentesco muito próxima entre eles. Assim, a escravidão a que foram submetidos os filhos de Israel no Egito e a sua conseqüente saída ( ou expulsão) das terras do Nilo coincide com o término do domínio hicso sobre os egípcios.
Quanto á organização dos pedreiros, acima citada, o relato dessa experiência foi feito por Maneto, historiador egípcio que viveu no terceiro século a C. Essa informação é referida também por Apion, historiador judeu-egípcio que viveu no primeiro século da era cristã. No entanto, Maneto se refere a essa organização de pedreiros como sendo composta por hebreus e egípcios expulsos das cidades pelo fato de serem leprosos, (o que justifica o fato de Moisés se preocupar tanto com a lepra entre os hebreus e até ter prescrito muitas regras a respeito do tratamento dessa doença). Apion diz que esses leprosos tinham sido postos a trabalhar nas pedreiras para que não contaminassem a população sadia. Lá eles teriam se organizado e escolhido como seu líder um sacerdote de Heliópolis chamado Osarseth, o qual lhes deu uma organização de sociedade exclusiva e secreta, que repudiou os deuses do Egito e adotou costumes completamente diferentes dos vigentes entre os egípcios. Esses costumes eram muito semelhantes aos que Moisés prescreveu para os hebreus, O trabalho dos israelitas na construção de grandes edifícios mostra que sua tradição como Irmãos Operativos é anterior à construção do grande Templo de Jerusalém, o Templo de Salomão, que a maioria dos autores maçon identifica como origem da Arte Real.(2)

O faraó Amemhotep IV (Akhenaton ) reinou 17 anos, de 1367 a 1350 a C. Seu período é identificado como um dos mais agitados da historia egípcia, por causa da prosperidade econômica e pelas profundas mudanças políticas, sociais e religiosas que ocor-reram no pais durante seu governo. A guerra que ele provocou com sua tentativa de impor uma religião monoteísta aos egípcios foi bem retratada no romance de Mika Waltari, “ Sinouê, O Egípcio”, mas também é um dos mais bem documentados episódios da história daquele povo, graças aos documentos recuperados nas escavações feitas em El Amarna.
O próprio Vizir Yuya,( cuja tumba foi encontrada no Vale dos Reis em 1905), que alguns autores identificam com José, o filho do patriarca Jacó, que foi vendido como escravo por seus irmãos e se tornou primeiro ministro de dois faraós, é um exemplo do poder que os hebreus tinham no Egito. A Bíblia também se refere a esse fato dizendo. “Entretanto, se levantou no Egito um novo rei que não conhecia (aceitava) José e que disse ao seu povo “ Vós bem vedes que os filhos de Israel estão muito numerosos e mais fortes do que nós. Oprimamo-lo pois, com manha, para não suceda que, sobrevindo alguma guerra, ele se una com os nossos inimigos, e vencendo-nos, saiam depois do Egito.” (Êxodo “1: 8,9,10). Por isso a nossa crença de que a imigração dos hebreus para o Egito,
No Antigo Egito, a idéia de um estado de perfeita ordem e harmonia estava embutida no culto à deusa Maat, a deusa da justiça e da retidão de caráter. Acreditava-se que essa divindade era a mediadora entre as potências do céu e da terra. Ela regulava as relações entre os deuses, estabelecendo a harmonia entre eles e deles com a espécie humana, fazendo com que estes pudessem viver em paz e em união. Por isso, todos os homens de responsabilidade na sociedade egípcia deviam viver de acordo com a Maat, ou seja, agir de acordo com rigorosos princípios religiosos morais, vivendo uma vida justa e perfeita, em todos os sentidos. Falhar em viver segundo esses princípios implicava em ser julgado com muita severidade no chamado Salão de Maat ( o Tribunal de Osíris, onde as almas dos mortos eram julgados), ao passo que aqueles que viviam suas vidas de acordo com essas regras eram conduzidos pelo deus Osíris através da Tuat, ( a terra da escuridão) até o outro lado, onde recebiam a Luz de Rá, ( O sol radiante) e se integravam à luz que emanava daquele deus.
Na iconografia egípcia, a deusa Maat aparece como sendo a esposa, ou a parte feminina do deus Thoth, que com ele veio ao mundo quando as águas do abismo primitivo se abriram pela pri-meira vez. Seu símbolo era uma pena, que representava a leveza de alma que devia caracterizar todo aquele que ambicionava atingir a iluminação. Nos tempos mais antigos do Egito, o nome dessa deusa estava conectado também com os artesãos, sendo considerada a sua protetora e guia. Uma obra com qualidade Maat significava uma obra perfeita. (3)
Maat era a deusa da moral e da Justiça. Ela representava também o conjunto de pensamentos e ações que o homem, na terra, devia cultivar para merecer a salvação final. Na tradição religiosa egípcia, Maat era a deusa que “pesava” a alma do defunto, verificando se ela era leve o suficiente para ascender ao território luminoso de Rá. Na simbologia religiosa, Maat significava uma relação de reciprocidade entre os deuses e os homens, no sentido de que os deuses deviam servir aos homens e os homens honrar aos deuses. Assim, na terra como no céu, as virtudes deviam ser cultivadas para que os reinos do profano e do sagrado se mantivessem em perfeito equilíbrio. Por isso se dizia que os homens de responsabilidade, principalmente, tinham que viver de acordo com Maat. Ao maçom atento, que estudou e entendeu realmente o que a Arte Real tentou lhe ensinar, essa doutrina não passará despercebida. (4)
_________________________________________________________________
(1) Ahmed Osman- Moisés e Akhenaton- Madras, 2008
(2) Flavio Josefo- Antiguidades dos Judeus- Kleger Publications-NY-1985
(3) E. Wallis Budge- Os Deuses Egipcios- II Vol. Londres, 1968
(4) João anatalino- Conhecendo a Arte Real, Madras, São Paulo, 2007

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Estrela que Nasce

Naquele instante,
Caiu uma estrela do céu,
De muito longe aquele ser veio a este mundo,
Uma criança maravilhosa.

Completou a linhagem da família,
Ora noite ora dia,
Soltava pela boca fagulhas de luz viva.

Com um destino traçado de vontade própria,
E ao mesmo tempo destino escrito,
Alcançara a aura do mais sábio,
E o amor da mais alta esfera.

Metade homem, metade espiritual,
Unificando o grandioso ser,
Combatendo todo mal.
Sua mente recebia mensagens do passado, do futuro, do imortal.

Tais energias nunca foram emanadas como estas,
Porém outrora estas mesmas também surgiram,
Espalharam a mesma mensagem,
Com palavras e línguas diferentes, e muitos não ouviram.

Hoje todos conhecem alguma estrela,
E fingem que não, ou não conseguem entender,
Vários exemplos já foram dados,
Nós ainda imperfeitos, não seguimos o caminho deixado para percorrer.

Uma coisa é certa:
Ser um Sol é só para o único cristico,
Mas todos nós somos uma estrela dentro de carne e ossos.